Diverticulite: tudo o que precisa de saber

Os divertículos são sacos ou bolsas que se desenvolvem através de fraquezas da parede do cólon, habitualmente localizados na sigmoideia ou no cólon esquerdo, por vezes atingindo todo o cólon.

A diverticulose corresponde à presença destes sacos e a diverticulite representa a inflamação desses divertículos ou outras complicações associadas a eles.

Trata-se de um problema importante pela mortalidade resultante das suas complicações, onde se incluem a formação de abcessos, a perfuração, a peritonite, as fístulas, a obstrução e a hemorragia.

Diverticulite

Causas da diverticulite

Com o passar dos anos a maior parte do organismo humano vai sofrendo alterações, consequência do estilo de vida e do próprio envelhecimento natural. Nos intestinos, é comum, sobretudo no cólon sigmoide, desenvolverem-se pequenas bolsas ou sacos na parede intestinal, chamados divertículos. Surgem normalmente em zonas do cólon sujeitas a maior pressão ou com uma parede mais frágil.

Sabe-se que o sedentarismo, a obesidade extrema e o tabagismo estão associados a um aumento do risco de diverticulite.

A idade e a gordura visceral são também consideradas fatores de relevo para a ocorrência desta doença. De facto, a probabilidade de desenvolvimento de divertículos é superior nas pessoas com mais de 40 anos.

Pensa-se que a ingestão, durante anos, de uma dieta pobre em fibras, possa provocar um aumento de pressão no interior do cólon, resultando no desenvolvimento de divertículos. Por isso, admite-se que uma dieta pobre em fibra é um fator importante para esta patologia.

O risco de inflamação dos divertículos também aumenta no caso de problemas crónicos de obstipação e de utilização recorrente de medicamentos anti-inflamatórios, paracetamol, corticoides e opioides.

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Sintomas da diverticulite

De um modo geral, os divertículos não causam sintomas (80% dos casos). Os principais são a dor abdominal (habitualmente localizada no quadrante inferior esquerdo), diarreia, cólicas, alteração dos hábitos intestinais (obstipação ou diarreia) e, ocasionalmente, hemorragia retal.

Quando ocorre diverticulite, com inflamação ou infeção de um divertículo, pode ocorrer dor, arrepios, febre e alteração dos hábitos intestinais. Nos casos mais graves, pode ocorrer perfuração do cólon e infeções intra-abdominais, com formação de abcessos ou fístulas na bexiga ou vagina. 

Embora os casos ligeiros possam ser tratados com repouso, alterações alimentares e antibióticos, os casos mais graves podem vir a necessitar de uma intervenção cirúrgica.

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Qual é o papel da alimentação na diverticulite?

Manter hábitos muito sedentários e uma alimentação pouco cuidada, com muita carne vermelha e poucas fibras, é um dos grandes potenciadores do desenvolvimento de diverticulose, aumentando também o risco posterior de diverticulite.

A falta de fibras é a maior causa alimentar para a diverticulite. As fibras são o principal nutriente para ajudar a manter os intestinos a funcionar bem. Uma dieta rica em fibras, e com muitos líquidos, torna as fezes mais moldadas, moles e fáceis de expelir. As fezes duras, em pequenas quantidades, podem alojar-se nos divertículos e provocar a inflamação, e as duras aumentam o risco de obstipação, que também causa pressão no intestino. Além disso, as fibras previnem o desenvolvimento de novos divertículos no cólon.

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Alimentos ricos em fibra:

  • Pão integral;
  • Cereais, massa e arroz integrais;
  • Feijão-verde, espinafres, couves, cebola ou brócolos;
  • Leguminosas como feijão, grão, lentilhas e ervilhas;
  • Frutas: maçãs, peras, ameixas, manga, bananas, figos, frutos vermelhos ou ananás;
  • Frutos oleaginosos e manteigas de frutos oleaginosos.

A par da alimentação, é importante fazer exercício físico e manter posições de trabalho sentado confortáveis, beber muitos líquidos ao longo do dia, manter um peso saudável, deixar de fumar e de consumir álcool ou refrigerantes.

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Conclusão

De uma forma resumida, a alimentação a seguir deve ser rica em fibras, deverá ingerir bastantes líquidos e praticar exercício físico regular. A redução no consumo de gorduras e de carnes vermelhas, de tabaco e de medicamentos anti-inflamatórios pode também reduzir o risco de desenvolvimento de doença diverticular do cólon.

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