As plantas aromáticas são conhecidas pelas características organoléticas que atribuem aos pratos, aumentando o sabor dos alimentos.
Um dos princípios da Dieta Mediterrânica é exatamente a presença das plantas aromáticas na alimentação diária, o que confere uma grande variedade de sabores e aromas que se reconhecem, tradicionalmente, neste padrão alimentar.

Benefícios do consumo de plantas aromáticas
Ao longo dos tempos, tem-se verificado um consumo abusivo de sal. Este aumento do consumo de sal tem sido considerado um importante fator para o aumento da pressão arterial da população e, consequentemente, para o aumento do risco de doenças cardiovasculares (DCV).
As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para uma ingestão diária de 5g de sal.
Na verdade, a substituição do sal por plantas aromáticas confere uma multiplicidade de sabores e aromas que permitem mascarar a ausência de sal nas preparações culinárias.
As plantas aromáticas são ainda fornecedoras de substâncias bioativas, como os fitoquímicos, os quais desempenham funções fisiológicas importantes. Alguns dos potenciais benefícios associados aos fitoquímicos são a inibição da ação dos radicais livres, a modulação do processo de carcinogénese e a diminuição dos níveis de colesterol sérico pela redução da oxidação do colesterol LDL. No entanto, para que as propriedades fitoquímicas e nutricionais se mantenham o menos alteradas possível é aconselhado utilizar as plantas aromáticas no estado fresco e, neste caso, adicioná-las no final da preparação para reduzir o impacto da ação do calor sobre as vitaminas e os fitoquímicos.

Ervas aromáticas na alimentação
As ervas aromáticas são ervas com propriedades aromáticas, sendo extraídos os seus aromas na forma de óleos essenciais para aplicações (por exemplo em perfumes e cremes).
A Roda da Alimentação Mediterrânica incentiva e destaca o consumo das ervas aromáticas. As ervas aromáticas desempenham um papel fundamental enquanto elemento fornecedor de sabor à nossa alimentação.
Formas de introduzir as ervas aromáticas na alimentação
Alguns exemplos são:
- 1 colher de chá (5g) de compota de amora com hortelã;
- 1 prato de sopa de coentros;
- Creme de couve-flor com cebolinho;
- Pargo assado com alecrim e louro;
- Ananás (160g) fatiado com folhas de hortelã;
- Queijo fresco com orégãos.

Sugestões culinárias das plantas aromáticas
- Alecrim: infusões, carne de porco, carne de borrego, massas, queijo, sopa, saladas;
- Cebolinho: limonada, molhos, ovos, peixe, hortícolas, saladas, sopas;
- Coentros: saladas, sopas, caldos de peixe, ervilhas, favas, arroz, massas, açordas, bolos;
- Hortelã: limonada, carne, peixe, sopas, saladas, ervilhas, sobremesas;
- Louro: carne de porco, peixe, feijão, estufados, caldeiradas;
- Manjericão: limonadas, molhos, massas, hortícolas, cozinhados com tomate, peixe, sopas, saladas, sobremesas;
- Orégãos: carne, peixe, massas, saladas, queijos, tomate;
- Poejo: tisana, caldeiradas de peixe, açorda, sobremesas com fruta;
- Salsa: carne, peixe, ovos, queijo, saladas, massas, arroz;
- Tomilho: carne ou peixe assados ou grelhados.

Recomendações no momento da compra
- Adquirir as plantas aromáticas no formato que lhe seja mais favorável: fresco (embalado ou
vaso), em pasta, desidratado (triturado ou folha);- Preferir as plantas aromáticas frescas, sempre que possível, pelas suas propriedades nutricionais;
- Avaliar o estado da embalagem e do produto, desprezando caso se encontrem deteriorados;
- Verificar a data de validade do produto e preferir os que apresentam um prazo mais extenso. As plantas aromáticas frescas que se encontram à venda no seu estado natural, isto é não lavadas, não necessitam de apresentar data de validade, de acordo com a legislação;
- Ler atentamente o rótulo e analisar a lista de ingredientes e a declaração nutricional do produto, no caso das plantas aromáticas em pasta. Os restantes formatos estão isentos de apresentação da lista de ingredientes e declaração nutricional;
- Verificar o país de origem no rótulo dos produtos e privilegiar os de origem nacional.

Recomendações no armazenamento
- As plantas aromáticas frescas requerem um cuidado adicional para poderem preservar as
suas características por um espaço de tempo mais longo, o qual poderá ir de 1 a 2 semanas. Deste
modo, devem ser acondicionadas num saco escuro (pela sua sensibilidade à luz) e no frigorífico;- As plantas aromáticas frescas lavadas e prontas a consumir têm de ser obrigatoriamente armazenadas no frigorífico;
- As plantas aromáticas desidratadas devem ser mantidas num local fresco, seco e protegido da luz;
- No caso das plantas aromáticas desidratadas adquiridas em formato de saco, estas devem
ser colocadas num frasco opaco e hermético;- Fechar o recipiente no qual se encontram as ervas armazenadas logo após o uso, de forma a evitar o contacto com o ar.
